Não tem hora e local, escrevo pra vocês, rola um som no fone
de ouvido, e ele me traz ótimas lembranças,
como se voltasse em momentos passados e conseguisse sentir o
cheiro, as brisas, os sabores ...
E exatamente assim que me sinto sempre que vivo um grande
momento, uma experiência grandiosa, e pra quem procura, elas realmente estão
sempre presentes, hoje vou falar a respeito de uma vida intensa, sempre atrás
de sentir o néctar das experiências, ver
novos nasceres do sol, por do sol em lugares diferentes, escutar o álbum novo
de sua banda favorita, sentir o frio e o vento das montanhas de altitude, a
calmaria de um mar de verão, as amanitas de inverno.
Acredito que a paixão por aventura já nasce conosco. As
montanhas foram só consequência. Meus pais contam que desde pequeno eu já
mostrava esse meu lado “explorador”. Curto desafiar a mim mesmo é o que realmente me motiva.
Escrevo para libertar os sentimentos, trazer as novidades ao
meu espírito, escrevo pelo simples fato de escrever, como citou thoreau “Como
se fosse possível matar o tempo, sem ferir a eternidade’’.
Eu não quero ter razões para viver, eu quero ser a razão do
meu viver, e de tudo que vivenciarei nessa vida pretendo ser o protagonista, e
não assistir da tv ou computador a vida dos outros e achar que algo vai
acontecer se você ou eu ficar parado apenas como telespectador, pra tudo na vida e
também na poesia das palavras, precisamos de uma fonte de inspiração, que pode
ser muitas coisas, uma pessoa em especial, uma expedição, uma experiência, no
meu caso é um pouco de tudo, essa voz me guia desde a primeira vez que senti a
sensação de estar na natureza selvagem, apenas comigo mesmo, pois nunca parei
para pensar, penso enquanto dirijo, enquanto caminho, enquanto vivo, pensando e
vivendo, vivendo e aprendendo.
Às vezes temos dificuldades em entender as palavras e
sentimentos dos outros, isso porque a pessoa que escreve geralmente esta
tentando trazer para palavras algo do coração, uma coisa muito além de
palavras, são sentimentos, rasuras do tempo, sopros do vento, um calor no
relento, uma partitura do desejo, uma noite de apenas um beijo, uma vida em uma
canção e um bom vinho em um inverno intenso.
Curto contemplar a lua, observar o universo, ele me traz um
sentimento de pequeno, de humildade perante a sua grandeza, isso faz com que
olhamos o mundo também como seres pequenos, pois só nos sentindo pequenos poderemos nos tornar dignos de sermos grandes no futuro,
não me refiro a muitos anos, e sim daqui a 1 minuto, isso já faz parte do
futuro e de quem vamos nos tornar, sempre que tiver a oportunidade de olhar
para essa imensidão que e o nosso universo e ter a certeza de que tudo por aqui
é passageiro me trará uma afirmação necessária para a levar a vida adiante.
E quando o coração do poeta cansar? E quando o spray de
fitar as paredes acabar? Pode ter certeza, nada disso fará com que a poesia
termine, pois ele buscara a inspiração em novos lares, novos livros, novas
musicas, novas aventuras, novas descobertas, novos amores, e com certeza sempre
terá motivos para rimar, para errar e para amar, pode ser que o poema não
esteja mais se referindo as tatuagens naquelas cores, o seu lindo cabelo loiro
de neve já tenha se tornado uma avalanche, os ventos se tornaram ciclones,
as ondas trouxeram tsunamis ao poeta restou apenas passar adiante palavras de um amor
viajante.
Fui para os Bosques viver de livre vontade. Para sugar todo
o Tutano da Vida. Para aniquilar tudo o que não era vida e para quando morrer,
não Descobrir que não vivi.
Henry D Thoreau
Indioê Alan Autovicz
09/06/2016
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