TRILHA
Primeira coisa: a trilha exige alguma técnica, é bastante longa e exaustiva, aconselho não ir sem ter um mínimo de experiência em trilhas ou equipamentos apropriados.
Na programação inicial para essa expedição estávamos em 4 integrantes, devido a compromissos pessoais dois integrantes da expedição tiveram que passar essa empreitada, sendo assim a trip seria em dupla, eu e meu grande amigo parceiro das expedições Andrey.
Como tínhamos compromissos no sábado de manhã e a trip precisava ser nesse final de semana, acabamos saindo de Blumenau no sábado a tarde. A ansiedade estava grande. As 13:00 aproximadamente do sábado embarcamos rumo a fazenda pico Paraná que fica na cidade de Campina Grande Do Sul-PR
A previsão do tempo era totalmente desfavorável, Com muito vento e chuva para todo o final de semana, como tínhamos nos programado e estávamos muito preparados resolvemos seguir em frente com a trip mesmo assim, a idéia era acampar de sábado para domingo na fazenda base e tentar a ascensão da montanha no domingo.
As 04:30 levantamos acampamento e partimos para a trilha com objetivos de chegar as 11:00 no A2, nos recompor e tentar o cume ainda no domingo.
A caminhada seguiu tranquila durante a noite, o tempo era agradável e estava indo tudo bem, pegamos as primeiras luzes do dia no cume do morro Getulio, e já tínhamos uma noção do que estava por vir pela frente com os imponentes caratuva e itapiroca em toda sua beleza.
A nossa primeira parada para hidratação e um breve café da manhã aconteceu na primeira bica d água, ali passaram por nós dois montanhistas do CPM, trocamos algumas informações e seguimos caminhada, a trilha estava bem sinalizada e não tivemos nenhum tipo de problema em relação a isso.
Ate que enfim chegamos aos temidos grampos entre o A1 e o A2. Já sabíamos pelos relatos que não seria fácil e que era um trecho aonde varias pessoas desistem, exige atenção (principalmente carregando mochilas pesadas), pois uma queda desse local pode ser preocupante.
A neblina nesse momento era muito forte, a visibilidade não passava de 20 metros, focados um passo de cada vez passamos pelos grampos na tensão extrema e mais um pouco de caminhada chegamos ao A2, lugar onde montamos o acampamento e fizemos um almoço reforçado para a tentativa de chegar no cume.
Esse era um momento decisivo, pois toda a programação, todo o estudo de meses e nossa vontade de conquistar o PP nunca estiveram tão próximos, seria mais 1 hora de subida em trecho íngreme e desfiladeiros com pedras e penhasco de ambos os lados. O vento já se mostrava presente e com muita força.
No final, o sucesso da empreitada se deveu à estratégia adotada. Se não fossem tomadas as decisões certas, talvez tivéssemos nos atrasado e perdido a janela de bom tempo. Estratégia correta, expedição perfeita. Pico Paraná, com 1.877m de altitude, figura como um grande desafio para os montanhistas de todo país, estávamos no cume assinando o livro e já realizados com o sucesso da empreitada.
Deixo as minhas palavras de agradecimentos ao meu companheiro de expedição Andrey M Rawietsch, A Manoa expedições grupo ao qual tenho muito orgulho de fazer parte da equipe e trazer essa conquista para todos, a todos os meus apoiadores e as pessoas que acreditam nesse trabalho, muito obrigado!
“Não conquistamos a montanha, conquistamos a nós mesmo’’
Indioê Alan Autovicz.
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