sábado, 3 de setembro de 2016

Expedição PNI- Agulhas Negras

A ideia dessa expedição surgiu em uma conversa que tive com a Yara De Mello – Joinville. Ambos com a vontade de conquistar o Pico das Agulhas Negras e conhecer o PNI, interagir com os amigos de mesmos interesses em montanhas, estudos, respeito, amizades...



Naturalmente a turma foi se encaixando e um amigo convidando outro interessado até que fechamos o grupo com 15 pessoas, à data para a expedição estava marcada para o final de semana do dia 27 e 28 de agosto, com uma semana de antecedência a previsão do tempo já se mostrava otimista.

O PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA –


O Parque Nacional de Itatiaia é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral da natureza localizada no Maciço do Itatiaia, na Serra da Mantiqueira, entre os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Itatiaia é o parque nacional mais antigo do Brasil, Tendo sido criado em 14 de junho de 1937, numa área de 11 943 ha,  O nome Itatiaia é de origem tupi e significa penhasco cheio de pontas, pedra pontuda.

No interior do parque encontram-se alguns dos picos mais altos do Brasil, tendo como mais imponente e conhecido, o gigante pico das agulhas negras com 2.791 metros de altitude.

Saímos as 17 horas de Blumenau conforme o cronograma da expedição, mas devido a um tempo perdido em minas acabamos chegando no parque um pouco tarde, assim a atividade que faríamos teria de ser adiada, e optamos por fazer um circuito bem conhecido que e o circuito Couto x Prateleiras.


Sábado  Circuito Couto x Prateleiras


O morro do Couto é o segundo ponto mais alto do planalto, com 2680 m, e o oitavo mais alto do Brasil. Seu nome advém da época da colonização, quando os escravos das grandes fazendas da região fugiam de seus donos e se acoitavam nesse morro, ou seja, escondiam-se, refugiavam-se nesse local (Júlio Spanner e Igor Spanner)

Ficha técnica:
Extensão da trilha: 11 km - ida e volta.
Tempo estimado: 6 horas
Perfil atitudinal: 2350 m, 2460 m , 2680 m.



Prateleiras


O Pico das Prateleiras é um dos mais visitados no parque, e fomos até a base devido a dificuldades de ingressar na atividade, a vista e  espetacular do Pico das Agulhas Negras, Vale do Paraíba e região, além de uma boa parte das montanhas do Parque Nacional do Itatiaia.

Na base das prateleiras a 2.460 mts, aproveitamos uma pausa para um lanche, fotos e partimos sentido abrigo  rebouças, com um visual incrível após aproximadamente 2 horas de caminhada chegamos  na cachoeira das flores, uma pequena porém linda queda d ´água com águas frias que pareciam do degelo  (rsrs).



Após alguns mergulhos  reiniciamos a volta até  a entrada do parque, essa parte o cansaço já se fazia presente devido a aprox. 12 horas de viajem sem dormir e um dia todo de caminhada com muito sol. Encerramos as atividades de sábado no parque de Itatiaia por volta das 16:00 horas e seguimos para o hostel PICUS onde estávamos abrigados para jantar, interagir com amigos e tomar um vinho.

Pico das agulhas negras – Ponto Culminante do RJ


Galera foi dormir cedo, pois acordaríamos as 04h00min pra ir para a atividade do domingo, o céu estava muito estrelado com a lua minguante perfeita. Tomamos um breve café e conseguimos sair do hostel sentido a parte alta do parque nacional por volta das 04:40.

Chegando no parque as 05:30min eramos os únicos, pegamos a primeira senha e dali em diante era apenas questão de tempos até estarmos na trilha para a ascensão do pico mais alto do Rio de Janeiro, O casal Léo Schmitz e Tais Sandri Avilla que em outra ocasião já subiram as agulhas iriam fazer outra trilha, combinamos então de nos encontrar no abrigo rebouças ao fim das atividades.

 Aproveito para agradecer ao Léo e Tais -AJM  por estarem conosco nessa expedição, eles que esse ano conquistaram o vulcão Ojos de Salado chegando à máxima de 6.893mts altitude. Subiram sem guia especializado, para ler o relato completo dessa aventura no portal alta montanha acesse o link a seguir e também curta a página LEO DA MONTANHA no Facebook para apreciar lindas imagens registradas por eles.



Realizamos o nosso cadastro junto a portaria do parque e iniciamos a caminhada rumo ao pico por volta das 09:00min, o dia estava estava perfeito para contemplar as belezas do parque, com todos focados na trilha a caminhada seguia tranquila, paramos para algumas fotos ao pé do macico das agulhas e também  reabastecer no ultimo ponto de água, dali em diante iniciamos então a subida somente em rocha, um ambiente diferente para escalar, uma rocha de forma muito singular comparada as outras. o lugar e considerado um importante sitio geológico no Brasil e a importância deste pico se da  justamente por sua rara formação geológica que só é encontrada no Maciço de Kola, na Rússia. As rochas pontiagudas que apresentam aspectos de agulhas, deram o nome ao maciço.


Após essa subida em rocha íngreme chegamos a primeira escalada em corda, um trecho onde a corda e fixada aprox. 15 metros acima e o grupo sobe um por vez com segurança, todos com as cadeirinhas de escalada e sem mais problemas superamos a primeira escalada íngreme, a trilha seguia por cima de pedras, com um visual de tirar o folego, é um cenário de filme até que depois de mais uma hora de caminhada chegamos no trecho final da subida, um local mais íngreme  onde uma queda seria preocupante, com um desfiladeiro a sua esquerda enorme, com a utilização de equipamentos de segurança superamos um a um esses obstáculos e já conseguíamos avistar o cume, dali em diante foi  a melhor sensação de dever cumprido, sonho realizado, galera muito feliz e em harmonia com a natureza e  os demais, foi incrível!!



 Uma experiência maravilhosa que espero repetir outras vezes.

Deixo minhas pessoais palavras de agradecimento a todos os montanhistas da Trip, ao nosso motora que e uma pessoa incrível e de muita paciência pra colocar a sua VAN nas estradas off-road do pico.
Fernando da JFK Turismo.

Aos  guias que estiveram no nosso apoio Vitor Nunes,Cristiano Lopez,Leandro Correia-  (os anjos da montanha).Queria deixar também minhas palavras de respeito ao casal Alex e Fran que conhecemos no dia da subida as agulhas, pessoal gente boa do Rio.

 A galera do grupo Cachorro do mato que estiveram conosco nessa expedição e a todos que de alguma forma participaram desse projeto, Muito obrigado e até a próxima aventura.

Indioê Alan Autovicz – 03/09/2016


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